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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Quero ser um televisor

Uma professora em sala de aula pediu aos alunos que fizessem uma redação e que nela escrevessem o que eles gostariam que Deus fizesse por eles. À noite, corrigindo as redações, ela se depara com uma que a deixa muito emocionada. O marido, nesse momento, acaba de chegar e vendo-a chorando pergunta-lhe o que aconteceu.

Ela respondeu: "Leia, era a redação de um menino."

"Senhor, esta noite te peço algo especial: transforme-me em um televisor. Quero ocupar o seu lugar. Viver como vive a TV de minha casa. Ter um lugar especial para mim, e reunir minha família ao redor... Ser levado a sério quando falo... Quero ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções nem questionamentos. Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. E ter a companhia do meu pai quando ele chega em casa, mesmo que esteja cansado. E que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de ignorar-me. E ainda que meus irmãos "briguem" para estar comigo. Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo. E, por fim, que eu possa divertir a todos. Senhor, não te peço muito... Só quero viver o que vive qualquer televisor!"

Naquele momento, o marido da professora disse: "Meu Deus, coitado desse menino; nossa, que coisa esses pais".

E ela, olhando para o marido lhe diz: "Essa redação é do nosso filho".

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Você é pipoca ou piruá?

A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho de pipoca não é aquilo o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.

O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer. Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo, continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente.

As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham que é o seu jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos.

Dor...

Pode ser o fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.

Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio, para apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento diminui.
E com isso a possibilidade da grande transformação.

Pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro, ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.

A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: Bum! E ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente do que ela mesma nunca havia sonhado.

Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisas mais maravilhosas do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura.

O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria a ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

E você, o que é?


Enviado Por Adriana Gato

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Aprendendo com a mosca

Certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte, e assim, logo ao cair, nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída a mosca desanimou, parou de nadar e de se debater, e afundou.

Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz, e, por isto continuou a se debater, a se debater e a se debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando até formar um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca conseguiu, com muito esforço, subir, e dali levantar vôo para algum lugar seguro.

Durante anos ouvi esta primeira parte da história como um elogio à persistência, que, sem dúvida, é um hábito que nos leva ao sucesso.

No entanto, tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu no copo. Como já havia aprendido em sua experiência anterior, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou:
- Tem um canudo ali! Nade até lá e suba pelo canudo.

A mosca tenaz não lhe deu ouvidos. Baseando-se na sua experiência anterior de sucesso, continuou a se debater, até que, exausta, afundou no copo cheio de água.

Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados, até que afundamos na nossa própria falta de visão? Fazemos isto quando não conseguimos ouvir aquilo que nos é apontado ou sugerido como solução mais eficaz pelos que estão de fora, e, assim, perdemos a oportunidade de "reenquadrar" nossa experiência, e ficamos paralisados, presos aos velhos hábitos.

"Reenquadrar" é permitir-se olhar a situação atual como se ela fosse inteiramente diferente de tudo o que já vivemos. É buscar ver através de novos ângulos, de forma a perceber que, fracasso ou sucesso, tudo pode ser encarado como uma maneira de crescer.

Desta forma, todo o medo se extingue e toda experiência é como uma nova porta que pode nos levar à energia que precisamos, à motivação de continuar buscando o que queremos, à auto-estima que nos sustenta. Não podemos ter medo de errar nem fracassar.

Enviado por Adriana Gato